sexta-feira, 6 de setembro de 2013

No Silêncio de um Olhar

Andando a passos largos,
Algo me barrou;
envolveu-me aqueles olhos,
O fitar de desamor.

O semblante desfalecido,
Comprimia todo amor sentido;
De sonhos agora voláteis,
Aguarda a própria morte.

O acelerar dos devaneios,
Fragmentaram-se tão sorrateiros;
A vida tomou-se de sentido,
Ao mesmo que ao outro descompasso por inteiro.

Os sentidos se contraporiam
No silêncio daquele olhar,
A dor que se exalava
Pairava pelo ar.

Naqueles olhos silenciosos,
A vida pedia socorro.
Até quando a dor o tomaria ?
Talvez até sentir todo agouro !

E naquele fim de tarde ensolarado, a brisa poi-se a cantar,
Beijou-lhe no rosto e morreu naquele silencioso olhar.

QUERO, Lucas Ramon 

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